World of Warcraft: Battle for Azeroth – Review do Jogo!

world-of-warcraft-pc-review-capa

World of Warcraft é um MMO-RPG que foi lançado em 2004.

Já fazem mais de 10 anos que a Blizzard tenta manter este jogo ativo dentre todas outras opções que temos no mercado atual.

Fala galera do Coja Gamer!

Aqui quem lhes escreve é o Temujim!

Estou de volta para fazer uma pequena avaliação do World of Warcraft: Battle for Azeroth.

Vou galar o que podemos esperar para o futuro dessa expansão que começou com uns 10 pés esquerdos.

No fatídico 14.ago.2018 demos adeus a uma das mais queridas e elogiadas expansões de WoW.

Legion foi embora e nos trouxe Battle for Azeroth.

BFA chega com a promessa de que esse novo lançamento nos traria sistemas que deram certo expandidos e melhorados além de alguns novos sistemas que pareciam incríveis.

Sem mais delongas vamos ver primeiro o que a Blizzard deu continuidade de forma “melhorada” em BFA.

Atualização e Melhoria de Sistemas

Em primeiro lugar vamos discutir as novas Míticas Plus.

Sem dúvida o melhor filho de Legion (diria que neto de pandaria).

A Blizzard resolveu dar suporte as masmorras míticas.

Criou campeonatos e novas masmorras com um design diferenciado que, em teoria, faria a competição mais interessante, emocionante e competitiva.

As Masmorras de Legion foram feitas como simples dungeons.

O sistema de challenge mode já existia desde pandaria, mas nunca foi uma prioridade da empresa fazer dungeons especificamente pra isso.

Mudanças e Problemas

Em World of Warcraft Battle for Azeroth isso mudou, e esse é o principal problema.

O maior atrativo de ver os players que jogam no fio da navalha é justamente ver as coisas absurdas que eles fazem e inventam para ganhar uma vantagem de tempo.

Completando a dungeon mais rápido e de forma mais eficiente.

O problema é que as dungeons de BFA não tem uma margem para criatividade muito grande.

Os mapas de uma forma geral são lineares o que previne que os jogadores escolham a sua rota preferida.

Eles são infestados de “trash” que valem muito pouco obrigando que os jogadores matem tudo, ou quase tudo, que tem pelo caminho.

Os “mobs” em geral têm mecânicas altamente punitivas (o que é bom e ruim).

Além disso quando os jogadores encontram uma forma de lidar com algum problema, que não agrada a empresa, a solução é modificada de modo a não permitir que isso aconteça.

Não estou falando de abusar de bugs (isso a Blizzard não conserta).

Estou falando de usar as mecânicas do jogo de forma criativa para evitar um “pull” difícil ou demorado demais.

Não que eu ache as dungeons de BFA ruins, pelo contrário, de uma forma geral gosto delas.

Mas acho que na tentativa de criar algo mais fácil de entender para o grande público a Blizzard alienou esse público com algo desinteressante e monótono.

World Quest – Missões Mundiais

Outra coisa que seguiu adiante foram as amadas ou odiadas, você decide:

Missões Mundiais.

Um sistema que tem um certo potencial para manter o jogador ligado e com vontade de jogar.

Na minha humilde opinião se tornou completamente irrelevante em BFA.

Elas trazem caixas de “loot” com itens aleatórios, normalmente irrelevantes e recompensas de valor mínimo desde o começo da expansão.

Pouco poder de artefato, recursos de guerra e ouro por missão.

Fizeram o sistema se tornar (que depende de outros para ser relevante) uma coisa boba e sem sentido.

Mais um item, mas esse já vem desde o WoD, é a mesa de missão dos seguidores.

Também conhecido como joguinho do facebook.

No WoD quando entrou pela primeira vez no jogo esse sistema era ruim, mas bom demais pra ser ignorado.

As recompensas por usar a mesa de seguidores eram absurdas e foi um dos principais problemas da expansão.

Não fazia sentido sair pelo mundo se tudo estava na palma da sua mão.

Em Legion o sistema mudou.

As recompensas não eram tão boas assim.

Mas ele manteve sua relevância com algumas missões mais raras que davam uma boa quantidade de ouro e poder de artefato baseado em coisas que você fazia no jogo.

Em BFA eu sinceramente não tenho ideia de porque ainda temos esse diabo de mesa.

As recompensas não são boas (salvo raríssimas exceções).

Os seguidores são irrelevantes num contexto geral (apesar de aparecerem na campanha de guerra).

Particularmente acho esse sistema um desperdício a mesa poderia ser algo muito melhor.

Criando conteúdo que poderia ser explorado de uma forma a gerar conteúdo single player para os jogadores.

Mas isso é discussão para outro post.

world-of-warcraft-pc-review-sistema-de-azerita

Poder de Artefato

Aah!

O poder de artefato, preciso falar alguma coisa?

No final do World of Warcraft Legion ninguém aguentava mais isso.

Era já naqueles dias um sistema cansado e sem muito estímulo e de pouca criatividade.

Agora então virou simplesmente uma coisa irritante que no início da expansão fazia com que 90% da “gear” que era para ser o grande lance da expansão simplesmente não funcionasse.

No momento é algo que está ganhando uma relevância artificial porque o sistema de “catch up” implementado foi suspenso até o lançamento da próxima Raid.

Pelo menos há uma luz no fim do túnel e a partir do patch 8.2 esse sistema deve mudar, Hazzikostas que nos ajude, a coisa está feia.

Por último dentro de sistemas que são recorrentes vem o desenvolvimento de classes.

Esse é um problema sério, pois é o verdadeiro coração do World of Warcraft.

Acho que nem mesmo a Blizzard conseguiu antecipar com precisão o impacto que a perda das armas de artefato teriam nas classes.

Mesmo com alguns meses e várias mudanças de um beta que pareceu extremamente corrido o que chegou na mão dos jogadores foram classes que pareciam uma versão oca do que nós tínhamos em World of Warcraft Legion.

  • Rotações semi quebradas;
  • Rotações lentas e desinteressantes;
  • Talentos com poucas mudanças e velhos.

Faltou novidade para as classes, pareceu um enorme passo atrás para a grande maioria.

Além das classes que no lançamento simplesmente não estavam prontas por “falta de tempo”.

O patch 8.1 melhorou a situação com a retirada de várias habilidades do “GCD”.

Ainda assim acredito que há muito trabalho a fazer para chegarmos próximos ao nível que tínhamos em Legion em matéria de qualidade de “gameplay”.

World of Warcraft Battle for Azeroth

Agora veremos os novos sistemas, começando pelo maior caso de sucesso o War Mode.

A grande premissa da nova expansão é a guerra entre as duas facções Horda e Aliança pelo controle das fontes de Azerita espalhadas pelo mundo.

As cinemáticas de introdução aos novos continentes deixavam clara a importância de ganhar novos aliados e dominar esse novo recurso tão valioso.

Quem me conhece sabe que eu não faço PvP regularmente.

Em BFA me aventurei um pouco em arenas com amigos.

Vale lembrar que não sou um cara experiente em PvP o meu War Mode está desligado desde que atingi o lvl 120 no meu primeiro personagem.

É necessário reconhecer o relativo sucesso do sistema.

O world “PvP” no início da expansão com os personagens que tinham atingido o level máximo foi algo frequente.

Grupos de amigos saiam caçando e matando membros da facção oposta.

Em certos momentos encontraram grupos opositores que geraram momentos de diversão genuína para muita gente.

Com o tempo e a total dominância por simples quantidade de jogadores da Horda com relação a Aliança a coisa esfriou um pouco.

Com a chegada do patch 8.1 e algumas alterações esse sistema parece ser o principal ponto positivo da expansão atual.

world-of-warcraft-pc-review-expedicoes-insulares

Expedições Insulares

Seguindo adiante temos as expedições com o nova AI que se comporta como jogadores de verdade.

Elas prometiam ser se não um dos maiores pontos altos de BFA e acabou caindo por terra com menos de 1 mês.

Os mapas iguais e o baixo desafio encontrado nas ilhas desmotivou os jogadores de participar no novo sistema.

Apesar de ser de longe a forma mais eficiente de “farmar” poder de artechato – leiam acima.

O patch 8.1 chegou prometendo mudanças para deixar a coisa mais interessante.

Infelizmente é tarde demais, as ilhas de expedição se tornaram algo secundário.

As expedições tem o seu valor sem sombra de dúvida.

As recompensas foram melhoradas, mas ao revisitar as ilhas continuo com a minha opinião inicial.

WarFront

O terceiro novo sistema, e acho que o mais esperado pelos players, foram os Warfronts.

Acredito que que não estou sozinho em dizer que essa é a maior decepção da expansão atual.

No início ainda haviam algumas recompensas relevantes o que motivava os jogadores a participarem.

Com o passar do tempo percebemos que a coisa toda é simplesmente inútil.

Não tem uma recompensa boa.

Sua presença ou não dentro da guerra não altera o resultado da mesma já que ele é programado para que a facção atacante SEMPRE vença.

Isso fez com que os warfronts se tornassem uma festa de jogadores AFK enquanto uns 5 ou 6 completam o cenário.

Fiz ao todo uns 10 warfronts desde que a expansão saiu, não pretendo mais fazê-los.

Armaduras de Azerita

Por último o sistema de Armaduras de Azerita.

Esse sistema eu honestamente não sei o que estava passando na cabeça de quem achou que era uma boa ideia colocar isso no World of Warcraft.

Criaram uma infinidade de “traits neutras”, todas iguais ou completamente inúteis.

Não deram explicação de como nada funcionava.

O pessoal do “theorycrafting” teve que quebrar a cabeça para entender as chances de “proc” e quantidade de dano de cada “trait”.

Criaram as “traits” de classe que em sua grande maioria são completamente irrelevantes.

Em cima disso tudo criaram o sistema de nível do colar.

Tornando algumas das melhores peças que o jogador pegava completamente irrelevantes logo no começo da expansão.

Era necessário ter nível especifico no colar para usar as “traits” do equipamento novo.

Para pôr a cereja no bolo as “traits” que caem das peças de item level mais alto são exatamente as mesmas que você já tinha na sua peça anterior.

Isso gerou uma dose extra de frustração de muita gente, eu incluso.

Além disso tudo a raridade das peças se tornou um enorme problema.

Item Level 340+

Pois depois que se atinge o item lvl 340 a única opção para conseguir peças novas de nível mais alto seriam em raides que muita gente simplesmente não faz.

Você também pode torcer para que no seu baú semanal de M+ viesse uma peça que você precisava.

O que era praticamente ganhar na mega sena já que existem centenas de possibilidades de itens que podem vir no baú.

Foram feitas algumas mudanças para aliviar essa frustração, mas ainda é pouco.

O sistema que é o carro chefe do desenvolvimento de personagem da expansão tem que estar mais acessível a todos os jogadores.

Há promessas de que o sistema deve mudar no patch 8.2.

O poder de artefato deve ser direcionado para o próprio colar e a expectativa é que se tenha algo semelhante as armas de artefato de World of Warcraft Legion.

Enquanto que as armaduras de Azerita não vão mais precisar de um nível do colar para desbloquear as “traits”.

world-of-warcraft-pc-review-racas-aliadas

Conclusão do World of Warcraft BFA

O que dizer de Battle for Azeroth, a expansão que prometeu o mundo e entregou muito pouco.

Acredito que a Blizzard empolgada com o sucesso dos sistemas de World of Warcraft Legion resolveu ampliar esses sistemas e corrigir os problemas da expansão passada e acabou indo por um caminho muito errado.

Em Legion se reclamava muito do RNG ligado ao sistema de lendários, as armas de artefato e as peças de “tier” que foram retirados.

Tudo isso foi substituído pelo frustrante e irrelevante sistema de azerita.

Colocando “traits” bobas que não oferecem nenhuma forma de interação com o personagem.

O sistema de World of Warcraft Legion era muito bom, o problema era a dificuldade de conseguir o lendário que se queria.

O sistema atual tem um potencial incrível eu devo dizer, pensem nos efeitos de “tier” e itens lendários que tivemos no passado, isso é o que o sistema de Azerita tem potencial de entregar.

Basta que a Blizzard resolva tornar as traits interessantes e interativos.

Pode até ser um “proc”, mas ele tem que afetar o “gameplay” de alguma forma.

As míticas plus tem que deixar de ser um corredor polonês e dar mais liberdade criativa aos jogadores.

Sei que isso não é possível em 90% das masmorras que já foram lançadas.

Mas para novas dungeons que devem ser introduzidas isso deveria ser levado em consideração.

WoW Morreu?

Não discuti neste post a qualidade dos dungeons e das raides.

Isso é algo que o WoW sempre teve, não é algo próprio de BFA, mas como um comentário acredito que Uldir foi uma boa raide de introdução da expansão.

Ela não se encaixa nem um pouco no lore da Aliança pelo que eu entendi não tínhamos motivo nenhum para estarmos lá.

Como lutas e mecânicas é uma raide ok.

Em “Siege of Dazaralor” que será lançada no dia 22 promete ser um excelente “tier”.

As dungeons eu já comentei, apesar da linearidade delas eu gosto dos temas e das lutas em cada uma delas, salvo algumas exceções.

World of Warcraft ainda não morreu, e mesmo os pontos onde vi falhas da Blizzard nessa expansão eu vejo potencial para criar algo muito bom.

Mas para manter a comunidade viva os desenvolvedores tem que começar a trabalhar rápido em algo que torne o jogo empolgante novamente.

Não deixe de ver outras matérias de Análises no Site.

Um grande abraço do Temuca e até a próxima!